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04.09.2024 08:12 PM
Nvidia perde $279 bilhões, Tesla decepciona investidores, Boeing sofre com analistas.

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Ações dos EUA sob ataque novamente: setembro faz jus à sua reputação

As ações americanas despencaram na terça-feira, marcando o início de um dos piores meses da história do mercado de ações, enquanto os investidores aguardam ansiosamente mais dados econômicos que podem influenciar as decisões do Federal Reserve sobre cortes nas taxas de juros.

Queda maciça do índice

Principais índices de ações, como o S&P 500, Nasdaq Composite e Dow Jones Industrial Average, registraram suas maiores perdas diárias desde o início de agosto. Dos 11 setores do S&P 500, nove ficaram no vermelho, com tecnologia, energia, serviços de comunicação e materiais básicos sendo os mais afetados.

Crescimento fraco da manufatura pesa no mercado

O otimismo do mercado foi prejudicado pela divulgação de dados do Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM, na sigla em inglês), que confirmou que o setor manufatureiro dos EUA continua a enfrentar dificuldades. Apesar de uma leve melhoria em agosto em comparação a julho, quando a produção atingiu seu menor nível em oito meses, a situação ainda está longe de ser estável.

Setembro historicamente fraco: a sazonalidade em ação

Setembro é tradicionalmente um mês difícil para os mercados de ações. De acordo com dados coletados desde a década de 1950, este mês costuma trazer perdas significativas. Jason Brown, presidente da Alexis Investment Partners, com sede em Montgomery, Texas, enfatizou que a sazonalidade desempenha um papel fundamental nas oscilações atuais do mercado.

Brown afirmou que o relatório fraco do ISM daquele dia reforçava esse ponto, mas que a sazonalidade continuava sendo um fator chave, especialmente considerando o forte desempenho do mercado nos últimos meses.

Profecia Autocumprida

Brown acrescentou que muitos participantes do mercado acreditavam que setembro era uma época particularmente difícil para as ações e que essa crença muitas vezes alimentava o sentimento negativo. Ele observou também que esse pessimismo poderia se intensificar com cada novo relatório, fazendo com que os temores do mercado se tornassem realidade.

Com o aumento da incerteza, os participantes do mercado estarão monitorando de perto os futuros dados econômicos e as ações da Reserva Federal para prever quais medidas serão tomadas para estabilizar a situação.

As ações das maiores empresas de tecnologia, parte do chamado "Sete Magníficos", sofreram um declínio acentuado. Essas empresas, que lideraram o crescimento do mercado ao longo do ano, agora estão sob intensa pressão. A Nvidia sofreu perdas particularmente pesadas, com suas ações caindo quase 10%, eliminando um recorde de US$ 279 bilhões em capitalização de mercado. Isso deixou o valor de mercado da empresa em US$ 2,65 trilhões, a maior queda em um único dia para uma empresa americana.

Grandes empresas afetadas:todas com prejuízo

Além da Nvidia, outros gigantes da tecnologia também registraram perdas. A Alphabet caiu 3,6%, a Apple caiu 2,7% e a Microsoft perdeu 1,8%. Isso refletiu uma tendência geral de queda, particularmente sentida no setor de semicondutores. O Índice de Semicondutores da Philadelphia SE caiu 7,8%, destacando os graves problemas nesse segmento.

Índices globais sob pressão

O cenário geral do mercado de ações foi desanimador. O Dow Jones Industrial Average perdeu 626,15 pontos, ou 1,51%, encerrando o dia em 40.936,93. O S&P 500 também caiu 119,47 pontos, ou 2,12%, terminando o dia em 5.528,93. O Nasdaq Composite sofreu as maiores perdas, caindo 577,33 pontos, ou 3,26%, para 17.136,30.

Índice de volatilidade VIX sinaliza alerta

O Índice de Volatilidade CBOE, conhecido como o medidor de medo de Wall Street, saltou 33,2%, para 20,72. Esse foi o maior ganho percentual em um único dia desde o início de agosto, sugerindo que os investidores estão cada vez mais cautelosos em relação às perspectivas do mercado. A alta volatilidade indica nervosismo dos participantes do mercado e instabilidade na situação atual.

Expectativas antes de dados econômicos importantes

Os investidores aguardam ansiosamente a divulgação de uma série de relatórios sobre o mercado de trabalho nesta semana. No entanto, o principal evento será a divulgação dos dados de emprego não agrícola na sexta-feira. Esses números tradicionalmente têm um impacto significativo no sentimento do mercado e podem se tornar um indicador chave para as decisões futuras da Reserva Federal.

Reunião do Fed e perspectivas de flexibilização da política

A próxima reunião da Reserva Federal, marcada para os dias 17 e 18 de setembro, promete ser um marco importante para entender a direção futura da política monetária. Particular atenção será dada às declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que anteriormente apoiou a ideia de medidas de flexibilização. As decisões do regulador podem ter um impacto significativo na dinâmica futura dos mercados de ações e na situação macroeconômica como um todo.

Mercados em um momento crucial

A volatilidade atual nos mercados, exacerbada pela queda acentuada dos gigantes da tecnologia e pelas expectativas de dados econômicos importantes, cria uma atmosfera de incerteza. Os investidores continuarão a observar os desdobramentos com cautela para ajustar suas estratégias de acordo com os sinais vindos do mercado de trabalho e do Fed.

A probabilidade de um corte na taxa: expectativas e previsões

De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, o mercado está antecipando um possível corte na taxa de juros na próxima reunião do Federal Reserve. A chance de um corte de 25 pontos-base é estimada em 63%, enquanto as chances de um corte maior, de 50 pontos-base, são de 37%. Essas expectativas têm um forte impacto no sentimento dos investidores, pois qualquer movimento do Fed pode mudar drasticamente a dinâmica do mercado de ações.

Tesla: Planos ambiciosos, mas ações sob pressão

As ações da Tesla caíram 1,6% após a empresa anunciar planos para construir uma versão de seis lugares do Model Y na China, mas o projeto não deve ser concluído até o final de 2025. A notícia não conseguiu impulsionar o preço das ações da empresa, já que os investidores aparentemente esperavam resultados mais imediatos e tangíveis do fabricante de carros elétricos.

Ações da Boeing caem após rebaixamento de classificação

A Boeing sofreu uma queda massiva de 7,3% depois que o Wells Fargo revisou a classificação das ações da empresa de "igual desempenho" para "desempenho inferior". A mudança desencadeou uma onda de vendas, aumentando ainda mais a pressão sobre as ações do gigante da aviação. O rebaixamento alimenta preocupações dos investidores sobre o futuro da empresa em meio a um ambiente macroeconômico incerto.

Proporção de Ações: Queda de ações domina

Os mercados dos EUA mostram uma tendência de queda das ações em relação àquelas em alta. Na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), a proporção de ações em queda para as em alta foi de 2,52 para 1. Enquanto isso, no Nasdaq, a proporção foi ainda mais acentuada, com 3,5 para 1, com 3.315 ações em queda e apenas 946 em alta. Essa tendência negativa destaca a fraqueza geral do mercado, apesar de algumas notícias positivas.

Volumes de negociação fortes

O volume de negociação nas bolsas dos EUA foi de 12,14 bilhões de ações, acima da média de cerca de 11 bilhões nos últimos 20 dias. Isso indica um aumento na atividade dos investidores em um ambiente de alta volatilidade e incerteza no mercado.

Semiconductors e IA: Nvidia continua a cair

As ações de semicondutores continuam no centro da queda. A Nvidia, líder em inteligência artificial, perdeu quase 10%, um golpe significativo para o setor. O índice de semicondutores PHLX de Wall Street caiu 8%, destacando a magnitude dos desafios enfrentados por esse importante segmento do mercado.

Setembro é um mês de grandes riscos

Os investidores continuam preocupados com o tradicionalmente difícil mês de setembro para os mercados de ações. Historicamente, esse mês traz muitos problemas e perdas, que, combinados com as incertezas atuais, criam riscos adicionais para os traders.

Tecnologia sob pressão: Nvidia decepciona expectativas

Michael Arone, estrategista-chefe da SPDR na State Street Global Advisors, comentou sobre a situação do mercado em relação às ações da Nvidia, que, apesar de sua forte posição no setor de inteligência artificial, não atendeu às altas expectativas dos investidores. Arone destacou que não era mais suficiente apresentar bons resultados e que os investidores esperavam resultados perfeitos, especialmente de uma empresa cujas ações haviam subido tanto. Segundo ele, os pequenos deslizes nos lucros da Nvidia levaram os investidores a venderem as ações em massa.

A alta do S&P 500 e o enfraquecimento da tecnologia

Com o S&P 500 subindo 20% até o final de agosto, muitos investidores começaram a realizar lucros, especialmente no setor de tecnologia. Arone aponta que as ações de tecnologia estão com avaliações elevadas, enquanto seu crescimento está desacelerando. Isso cria uma oportunidade para sair de posições, especialmente à medida que cresce o ceticismo sobre se os grandes gastos com IA valem a pena ou se podem impulsionar um rápido crescimento de receita.

Desaceleração no outono e fraqueza sazonal

Arone explicou que era um padrão previsível: após um verão tranquilo com volumes baixos, os meses de outono tradicionalmente viam um aumento na atividade, coincidindo com o início de uma temporada fraca no mercado. Ele observou que setembro tinha sido um mês de perdas para as ações nos últimos quatro anos e em seis dos últimos dez. Segundo Arone, os dados históricos desempenhavam um papel importante na forma como os investidores viam esse período, aumentando a cautela no mercado.

Rotação de tecnologia para outros setores

Arone prevê que haverá uma contínua rotação de capital, saindo do setor de tecnologia e indo para outros setores, em meio à fraqueza sazonal e aos ajustes de avaliação. Ele afirma que "estamos caminhando para uma liderança mais ampla no mercado" e acrescenta que "taxas de juros mais baixas e inflação reduzida estão criando condições para que a diferença no crescimento dos lucros entre tecnologia e outras indústrias diminua."

Uma nova onda de líderes de mercado

A queda das ações do setor de tecnologia, que dominou o ano, abrirá oportunidades para outros setores se destacarem. Essa mudança no foco dos investidores, em meio à desaceleração do crescimento das receitas no setor de tecnologia, pode marcar o início de uma nova fase no mercado, com empresas de setores mais tradicionais prontas para oferecer estabilidade e crescimento à medida que as pressões inflacionárias diminuem e as taxas de juros caem.

Thomas Frank,
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